DE VOLTA AOS ANOS 80

terça-feira, 31 de agosto de 2010

CHOCOLANDIA PARQUE E TABULEIROS NESTLÉ

CHOCOLANDIA PARQUE NESTLÉ

Chocolandia parque Nestlé era uma série de 4 revistas de uma promoção da Nestlé juntamente com as Casas Pernambucanas que fez muito secesso nos anos 80, Era uma coleção de 4 fascículos que trazia um parque de diversões, cada revista você montava uma parte do parque até completá-lo. Para adquiri-los, bastava levar 10 embalagens de chocolate Nestlé a qualquer loja das Casas Pernambucanas e trocá-las pelos fascículos.




TABULEIROS NESTLÉ

Os jogos de tabuleiro Nestlé tinham o mesmo sistema do chocolandia parque Nestlé, para adquiri-los, bastava levar 10 embalagens de chocolate Nestlé a qualquer loja das Casas Pernambucanas e trocá-las pelos jogos.



sábado, 28 de agosto de 2010

QUEM NÃO SE LEMBRA? PEGASUS, COLOSSUS E MAXIMUS

Vamos destacar o sonho de consumo da maioria dos meninos nos anos 80, trata-se de três brinquedos lançados pela Estrela, Pegasus, Colossus e o Maximus, carrinhos de controle remoto, que na época eram caríssimos e por esse motivo, poucos tiveram o privilegio de tê-los. Dos três modelos o primeiro a ser lançado foi o Pegasus, isso em maio de 1983, que era uma replica do BMW –M1, lançado em 1978.
O Pegasus vinha em duas versões, as series prata e ouro, retratadas na cor da carroceria, o controle remoto era de alavanca e tinha comando de direção no controle, que possuía o alcance de ate 30 metros, outra coisa que deixava a criançada louca eram as luzes de seta na frente e atrás do carrinho que piscavam conforme a direção tomada, direita ou esquerda. Para um carrinho pequeno de controle remoto ele ate que corria bem, chegava a atingir 20 Km/h. Uma coisa que muitos reclamavam na época era a quantidade de pilhas a ser usada no carrinho, 5 pilhas de tamanho D no carro e 6 pilhas tamanho AA no controle, e que não duravam tanto assim, a recomendação no manual era que fossem usados pilhas alcalinas para maior durabilidade e desempenho do carrinho. O Pegasus saiu de linha em junho de 1989.

Em maio de 1984, um ano depois do lançamento do Pegasus, a Estrela coloca no mercado o Colossus, que era um replica da picape Chevy da GM, de grande sucesso nos Estados Unidos em decorrência do seriado Duro na Queda, pois era o veiculo do protagonista da serie, que chegou a ser exibida no Brasil pela Tv Globo, e fez relativo sucesso por aqui. O Colossus tinha como diferencial o quebra-mato na frente do radiador e possuía faróis de milha no teto.
Foram lançadas duas cores diferentes da picape, Prata e Vermelho. O controle remoto vinha na cor preta e possuía um botão para ascender os faróis e também antena telescópica. Outra curiosidade e que os controles de cada modelo tinham freqüências diferentes, pois tanto o Colossus, Pegasus e o Maximus eram fabricados simultaneamente.
O Colossus vinha com duas opções de tração na rodas, 4x2 (para pisos lisos) e 4x4 (usado para pisos irregulares e subidas), que podiam ser acionados em um botão na parte inferior da picape. O Colossus tinha pneus de borracha, e uma capota na caçamba que podia ser removida de acordo com o gosto do seu dono. A Estrela lançou atualmente no mercado duas novas versões do Colossus, Picape e Jipe, bem diferentes desta primeira versão lançada nos anos 80.

O ultimo carrinho controle remoto lançado pela Estrela nos anos 80, foi o Maximus, isso em Setembro de 1986, o carrinho tinha a aparência de um buggy, e chegava a velocidade de 25 Km/h, superando os outros modelos, possuía também rodas traseiras mais grossas que as dianteiras, o que proporcionava ao carrinho melhor desempenho em pisos irregulares, o que exigia do seu dono uma atenção maior com a lubrificação do mecanismo do carrinho. O Maximus inicialmente saiu em duas versões, prata e vermelho, e funcionava com 13 pilhas.
No começo da matéria eu citei o fato de que estes brinquedos eram privilegio de poucos, pelo alto preço, tanto que no Natal de 1986, o Maximus foi citado em uma matéria do Jornal Nacional como um dos brinquedos mais caros naquele ano.
O carrinho saiu de linha em 1991, e foi lançado novamente pela Estrela em 2005 na cores vermelhas e verdes, isso após uma pesquisa da empresa em seu site que constatou um alto numero de pedidos para que o brinquedo fosse relançado.
De qualquer maneira para os que não puderam ter os carrinhos na época, hoje em dia basta fazer uma busca rápida na Internet, e você vai encontrar vários modelos do Pagasus, Colossus e Maximus a venda por preços razoáveis e então realizar aquele sonho de infância, e quem sabe ao brincar com um desses carrinhos por alguns instantes voltar a ser uma criança!

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

SPANDAU BALLET

Em 1979 o movimento New Romantic estava no auge. Eram comuns nos jornais ingleses frases como “Os New Romantics estão aqui!”. Eles prestavam muita atencão na aparência, sendo rapidamente identificados nas ruas de Londres por suas roupas e incriveis penteados. Bandas como Duran Duran, Classix Nouveaux e Visage seriam os expoentes desta nova era de romantismo.

Foi nesta época que quatro colegas de escola londrinos, Gary Kemp (tocando guitarra), Tony Hadley (vocal), Steve Norman (saxophone e percussão), John Keeble (bateria), junto com um amigo deles, Richard Miller (baixo), decidiram formar uma banda, The Makers, tocando em alguns pubs do East-End. Entretanto logo após uma pequena viagem a Berlin, o irmao de Gary, Martin Kemp substituiu Richard e a banda mudou o nome para Spandau Ballet. O novo nome foi inspirado de uma inscrição no muro de uma prisão em Spandau - Berlin. Chamando um outro colega de escola, Steve Dagger, para atuar como empresário, o grupo tocou em vários locais, inclusive em um Cruzeiro britânico ancorado próximo a Torre de Londres, no mais puro estilo New Romantic. Foi tanto o sucesso, que o proprietário da Island Records, Chris Blackwell ofereceu um contrato, mas este foi rejeitado, e ao invés o grupo formou o seu próprio selo, Reformation.
Primeiro Album do Spandau Ballet
No inicio dos 80 eles foram filmados para um documentário da televisão e logo após licenciaram o selo através da Chrysalis Records. O primeiro sucesso To Cut A Long Story Short alcançou o Top 5 da parada britânica, havendo a gravação do primeiro album, Jorneys to Glory. No ano seguinte apareceram os singles The Freeze e Musclebound. Com o single Chant n 1 (I Don’t Need This Pressure On) que alcançou o Top 3, a banda revelou uma tendência mais para o soul/funk junto com uma nova imagem. Seguiram singles sem muito sucesso como Paint Me Down, She Loved Like Diamond e Instinction, este ultimo com produção de Trevor Horn.
Em 1983 o grupo seguiu uma direção mais pop com o album True, conseguindo chegar ao topo da parada britânica e entre as dez dos EUA com o hit True. Começaram a circular na imprensa boatos sobre a rivalidade entre Spandau Ballet e Duran Duran, mas ao que parece eram só boatos, nao havia inimizades. Talvez como prova disso, há a participação das duas bandas no projeto de Bob Geldof para ajudar os africanos, Ban-Aid em 1984

Seguiram -se outros sucessos, incluindo Only When You Leave, Higly Strung e Round And Round. Uma longa disputa legal com a Chrysalis impediu o trabalho do grupo até eles assinarem com a CBS/Columbia Records em 1986 quando gravaram o album Through The Barricades.
Em 1989 saiu o album Heart Like A Sky. Desde então os irmãos Kemp começaram a atuar no cinema. Tony continuou em carreira solo. Em um de seus albuns ele regravou sucessos de outros artistas, incluindo a musica Save a Prayer com participação de Simon Le Bon nos backing vocals e participou de uma musica do album The Time Machine de 1999 do Alan Parsons Project. Steve e John tambem gravaram alguns albuns. Questionado sobre a volta do Culture Club e Howard Jones, Martin Kemp disse que agora prefere ser ator do que musico. Já em maio de 2000 Tony, Steve e John apresentaram os maiores hits do Spandau em dois shows em Dublin e Londres. E apesar de alguns problemas com direitos autorais em 99, a banda nunca se separou oficialmente.


DISCOGRAFIA
JOURNEYS TO GLORY (1980)
DIAMOND (1981)
TRUE (1983)
PARADE (1984)
THROUGH THE BARRICADES (1986)
HEART LIKE A SKY (1989)
THE SINGLES COLLECTION (1986)

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

TUFF TURF– O REBELDE (1985)


Tuff Turf, lançado no Brasil como O Rebelde em 1985, é um filme norte-americano oriundo da década marcada por diversos longas abordando temas adolescentes, estrelado pelo até então desconhecido ator James Spader, posteriormente ganhador do prêmio de melhor ator em Cannes, por Sexo, Mentiras e Videotapes (1989). O filme ganhou notoriedade nas videolocadoras brasileiras no mesmo período após o surgimento e o "boom" do videocassete e das "fitas seladas".
No filme James Spader interpreta Morgan Hiller, um jovem encrenqueiro que vive sendo expulso de escolas. Seu pai faliu e a família decide morar na Califórnia deixando Connecticut. O patriarca aceita ser um motorista de táxi, enquanto na casa dos Hillers, Morgan se sente na sombra do irmão mais velho.
Na nova escola ele conhece o desengonçado baterista Jimmy (Robert Downey Jr), Nick (Paul Mones) e sua gangue (que lembram os Menudos) e também Frankie (Kim Richards) a namorada do líder dos marginais pela qual o protagonista se interessa.


Entre encontros e desencontros com a mocinha, o jovem canta e toca piano para ela, a faixa “We Walk The Night” é o tema romântico do filme. Após o romance Nick aparece, leva embora a garota de maneira violenta e passa a noite dirigindo procurando por algo ou alguém. Essa pessoa que procura é o pai de Morgan, que leva alguns tiros do delinqüente.
No final os inimigos se enfrentam num armazém. Ambos duelam cercados de Dobermans.
Os altos do filme são as seqüências de ação, a trilha sonora e a ambientação.

FICHA  TÉCNICA

"Tuff Turf - O Rebelde"
Título original: "Tuff Turf"
EUA, 1985, 112 minutos.

ELENCO

James Spader - Morgan Hiller
Kim Richards - Frankie Croyden
Paul Mones - Nick Hauser
Matt Clark - Stuart Hiller
Claudette Nevins - Page Hiller
Robert Downey Jr - Jimmy Parker
Olivia Barash - Ronnie
Panchito Gómez - Mickey
Michael Wyle - Eddie
Catya Sasson - Feather

Direção: Fritz Kiersch
Produzido por: Donald P. Brochers Trilha Sonora: Jonathan Elias
Edição: Marc Grossman
Genêro: Aventura


Link para Download:
http://www.megaupload.com/?d=97KHO8RV

ATARI - O DELÍRIO DA GERAÇAO 80

Atari 2600 foi um video game projetado por Jay Miner e lançado em 1977 nos Estados Unidos e em 1983 no Brasil. Considerado um símbolo cultural dos anos 80, foi um fenômeno de vendas no Brasil , e seus jogos permanecem na memória de muitos que viveram a juventude nesta época.


HISTÓRIA

A Atari comprou uma empresa de engenharia em 1975 chamada Cyan Engineering para desenvolver um sistema de video game de nova geração, e trabalhou em um prototipo conhecido como "Stella" (nome da bicicleta de um dos engenheiros) por algum tempo.
Diferente de máquinas de gerações passadas que usavam lógica de programação própria e fixa para rodar um pequeno número de jogos, o núcleo do Stella era um CPU completo, o famoso MOS Technology 6502 em uma versão reduzida (para cortar custos), conhecido como 6507.
Era combinado com chips de RAM e E/S, o MOS Technology 6532 e um chip de display e som de design próprio conhecido como TIA, de Television (Televisão) Interface (Interface) Adaptor (Adaptador) .
Além desses três, as duas primeiras versões da máquina continha mais um chip, uma CMOS padrão de buffer de lógica IC, fazendo um número total de quatro chips, sendo assim, com poucos chips e baratos. Algumas versões posteriores eliminaram o chip de buffer.
O design inicial não iria ser baseado em cartuchos, mas após verem um sistema de cartucho falso em outra máquina os engenheiros imaginaram que poderiam colocar os jogos em cartuchos pelo preço do conector e da embalagem.
Em agosto de 1976 Fairchild Semiconductor liberou seu próprio sistema baseado em CPU, o Channel F. O Stella ainda não estava pronto para produção, mas estava claro que deveria estar pronto antes que outros produtos similares chegassem ao mercado, que foi o que aconteceu quando a Atari lançou o Pong. A Atari simplesmente não tinha o dinheiro necessário para completar o sistema rapidamente, e, além disso, a venda de seu Pong estava diminuindo. Nolan Bushnell procurou a Warner Communications, e vendeu a companhia para eles em 1976 por 28 milhões de dólares, com a promessa de que o Stella seria produzido o mais rápido possível.
A chave para o sucesso da máquina foi a contratação de Jay Miner, um desenvolvedor de chip que concentrou vários circuitos em um chip, tornando o TIA um chip único. Uma vez completo e testado, o sistema estava pronto para a venda. Na data de lancamento 1977, o desenvolvimento tinha custado aproximadamente 100 milhões de dólares.


LANÇAMENTO

Na tentativa de competir diretamente com o Fairchild Channel F, a Atari chamou a máquina de 'Video Computer System' (ou VCS abreviando), pois o Channel F era nessa época conhecido como o VES, de Video Entertainment System.
O 2600 também foi apelidado SVA de Sears Video Arcade e vendido pelas lojas Sears-Roebuck.
Quando Fairchild ficou sabendo do nome dado pela Atari, eles rapidamente mudaram o nome de seu sistema para Channel F, porém, os dois sistemas estavam no meio de varias reduções de preços: os clones de PONG estavam obsoletos por essas máquinas mais novas e poderosas. Logo, muitas dessas companhias de clones estavam fora do mercado, e tanto a Fairchild como a Atari estavam vendendo para um público saturado de jogos Pong.
Em 1977, a Atari vendeu apenas 250 000 VCSs. Em 1978, apenas 55 000 de uma produção de 800 000 foram vendidos, e foi preciso ajuda financeira da Warner para cobrir prejuízos. Isso causou discordâncias e causou a saída do fundador da Atari, Nolan Bushnell, em 1978.
Uma vez que o público descobriu que era possível jogar jogos diferentes de Pong e os programadores aprenderam a alcançar os limites do hardware, o 2600 ganhou popularidade.
Nesse ponto, Fairchild tinha desistido do mercado, achando que vídeogame era um mercado de moda passageira. Dessa forma, a Atari pôde ocupar mais facilmente o então crescente mercado. Em 1979, o 2600 foi o presente de natal mais vendido, principalmente por seus jogos exclusivos. Milhões de consoles foram vendido esse ano.
A Atari licenciou o grande sucesso de arcade Space Invaders da Taito, o qual aumentou ainda mais a popularidade do console quando foi lançado, em maio de 1980, dobrando as vendas novamente para mais de 2 milhões de unidades vendidas.
O 2600 e seus cartuchos foram o maior fator por trás do gigantesco lucro da Atari, de mais de 2 bilhões de dólares em 1980.
As vendas dobraram novamente pelos 2 anos seguintes, com venda de quase 8 milhões de unidades em 1982.
Nesse período, a Atari expandiu a família 2600 com outros dois consoles compatíveis. Eles construíram o Atari 2700, uma versão sem fio do console, que nunca foi lançado por causa de uma falha de design.
A companhia também construiu uma versão menor e arredondada da máquina, apelidada de Atari 2800, para vender no mercado japonês no início de 1983, mas esse sofreu com a competição do recém lançado Nintendo Famicom.

Versão mais barata do Atari (Atari 2600jr)

JOGOS

A maioria dos jogos usam 2 kB e 4 kB, capacidade máxima do sistema, jogos maiores foram criados usando uma técnica de programação para troca de ROM, chamado Bankswitch. Geralmente estes jogos tinham de 8 kB a 16 kB. O primeiro jogo a usar bankswitch foi o Asteroid (8 kb) e o cartucho de maior capacidade do Atari 2600 enquanto ainda era produzido, possuía 64 kB, foi o Megaboy cart, desenvolvido no Brasil pela Dynacom.
Pela limitação de RAM (apenas 128 bytes) alguns cartuchos foram projetados com memória RAM adicional, expandindo para 256 bytes de RAM.
Alguns jogos foram programados para um equipamento chamado StarPath SuperCharger, um cartucho com memória flash de 6kb que carregava a informação do ROM usando uma fita k7. DragonStomper, um rpg muito primordial, foi o maior jogo do SuperCharger, usando 128 kb de ROM.
HomestarRunner, um rpg moderno, apesar de ser apenas um protótipo usa um cartucho com 256 Kb de ROM e 256 bytes de RAM.Durante a vida do console, a Atari Inc e a Atari Corp. publicaram muitos jogos que se tornaram os jogos mais conhecidos de todos os tempos. Esses jogos incluem Adventure (também constantemente reconhecido como percursor dos jogos de aventura), seu criador, Warren Robinett, também introduziu o primeiro amplamente conhecido ovo-de-pascoa (Easter egg) ao mundos dos jogos. Breakout e Yars' Revenge. A popularidade do console atraiu muitos desenvolvedores independentes, dos quais produziram muitos jogos populares como o Pitfall! da Activision's e o Atlantis da Imagic. Porem, dois jogos produzidos pela atari: E.T. the Extra-Terrestrial e Pac-Man, são frequentemente culpados por iniciar o grande crash dos videogames de 1983.



POPULARIDADE

Apesar de não estar descontinuado formalmente, o 2600 não foi desenfatizado por dois anos depois da venda da Atari em 1984 pela Warner para Jack Tramiel (fundador da Commodore), que queria se concentrar em computadores pessoais.
Ele congelou todo o desenvolvimento de jogos de console, incluindo o jogo Garfield para o Atari 2600 e o port Super Pac-Man para o Atari 5200. Em 1986, uma nova versão do 2600 foi lançada. A nova versão redesenhada do 2600, chamada não oficialmente de 2600 Jr., apresentava uma forma reduzida e mais barata, com uma cara mais moderna muito parecida com o Atari 7800.
O 2600 redesenhado foi vendido como sendo uma plataforma de jogos mais barata (abaixo de $50 dolares) que tinha a possibilidade de rodar uma vasta biblioteca de jogos clássicos. Com sua reaparição veio o resurgimento de desenvolvimento de software da Atari e de algumas empresas terceiras (notavelmente a Activision, Absolute Entertainment, Froggo, Epyx, e Exus).
O Atari 2600 continuou a ser vendido nos EUA e Europa até 1990, e na Ásia até o começo de da década de 1990. A última versão licenciada do 2600 a ser lançada foi o KLAX em 1990.
Através de sua vida, foi estimada a produção de 40 milhões de unidades e sua lista de jogos é de mais de 900 títulos comerciais até 1991. O Atari foi muito popular no Brasil a partir do meio da década de 1980. O Atari 2600 foi oficialmente aposentado no dia 1º de janeiro de 1992, tornando-se o video game de maior vida na história de jogos dos EUA. Ele teve uma vida útil de 14 anos e 2 meses - aproximadamente três vezes mais que a vida 'normal' de um consoles.
O console e seus velhos e novos jogos são muito populares entre colecionadores por causa de seu importante impacto na história dos video games e eletrônicos e também por seu valor nostálgico em muitas pessoas. Por isso, muitos clones modernos do Atari 2600 ainda estão no mercado. Um exemplo é o Atari Classics 10-in-1 TV Game produzido pela Jakks Pacific, que simula o console 2600 e inclui versões convertidas de 10 jogos em um joystick parecido com o joystick do Atari que tem os cabos para ligar em televisores modernos.
O símbolo da Atari se tornou um logotipo-ícone da cultura pop.


ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

Bits: 4 bits
CPU: Variante do processador 6502 (Real: 6507)
Freqüência de operação: 1,19 MHz
Memória RAM: 128 Bytes
Memória ROM: 16 kB.
Resolução: 160x192 (NTSC) / 160x228 (PAL)
Cores: 128 cores no sistema NTSC, pouco menos no sistema PAL.
Som: 2 canais (cada um com um chip próprio)

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

TÊNIS ALL STAR - 100 ANOS DE SUCESSO, FEBRE NOS ANOS 80

Dizem que quanto mais velho, mais gostoso fica. Surrado, desbotado, com cadarço de cores diferentes. Cada um tem seu próprio jeito de usar ALL STAR, o tênis que não sai dos pés de muitas gerações. Jovens e adultos, universitários, roqueiros, profissionais liberais e celebridades, o ALL STAR é sucesso em todas as tribos. Não é de hoje que famosos exibem seus pares. Companhia para todas as ocasiões há quem afirme que não vive sem ele.

A HISTÓRIA

A história de um dos maiores ícones americanos, e posteriormente mundial, começou quando Marquis M. Converse fundou a empresa Converse Rubber Company em 1908, na cidade de Malden, estado do Massachusetts. Em 1917, a empresa lançou uma linha de calçados esportivos, incluindo o tênis feito de lona e sola de borracha que revolucionou o basquete criando um calçado inovador para a época, o mundialmente famoso CONVERSE ALL STAR, com o selo de estrela na lateral. Em 1921, Charles “Chuck” Taylor, jogador universitário que logo se tornou profissional, juntou-se a Converse e colocou novas idéias para uma versão do ALL STAR. Ele mudou o desenho da sola para criar mais tração, adicionou uma proteção no calcanhar para melhor apoio e proteção ao tornozelo dos jogadores. Lançado em 1923, o CONVERSE ALL STAR com sua assinatura foi um sucesso instantâneo, sendo o único tênis usado por todos os jogadores de basquete, quer seja profissional ou universitário.


O tênis foi o primeiro modelo produzido para o mercado de massa norte-americano e rapidamente toda a América sucumbe ao modelo que passa a ser o tênis oficial dos jogadores de basquete americanos. O design básico, o conforto, a durabilidade e funcionalidade foram características que determinaram a escolha do CONVERSE ALL STAR como calçado oficial das forças armadas americanas durante a Segunda Guerra Mundial. Até 1947 o ALL STAR só era encontrado na tradicional cor preta. Mas isso mudou com o lançamento do tênis na cor branca, criando assim mais uma opção básica para seus consumidores.


O sucesso continua e nos anos 50 e 60, estrelas de cinema e do rock adotam o ALL STAR. James Dean não saía jamais sem os seus durante a filmagem de “A Fúria da vida”. Bruce Springsteen, Graham Nash e Eddie Van Halen eram vistos utilizando ALL STAR em seus shows. Até 1955, cerca de 100 milhões de espectadores assistiam aos jogos da NBA e o CONVERSE ALL STAR Chuck Taylor tornara-se o calçado número 1 na América. Na década de 60, Hollywood se encanta e utiliza cada vez mais seus produtos no cinema. A distância entre os mundos do esporte e da moda começa a se apagar. Outras marcas iniciaram o desenvolvimento de calçados com tecnologia mais avançada e em materiais mais adequados ao basquete. A empresa responde a esta demanda agregando cores e materiais como o couro; e lançando em 1966 a versão cano curto (conhecida como Oxford) e em cores variadas. É o começo de uma nova história. O ALL STAR firmou seu espaço nos anos 70, quando ganhou definitivamente os pés do rock n´roll. Apesar disso, ALL STAR sentiu a ameaça de perder seu lugar estrelado frente ao crescimento de marcas como Nike, Reebok, Puma e Adidas. Mas o tênis seguiu sua trajetória impulsionada pelo LIFESTYLE.
Foi febre nos anos 80, época da moda “vários em um”. O tênis manteve o modelo clássico, mas a sola era ligada com um zíper à parte de cima, dando a possibilidade de 3 ALL STAR em 1. Também foi lançado o modelo original em couro – chamado de All Star 2000 – e que se tornou um sucesso entre os consumidores, vendendo mais de 1.000.000 de pares. Nesta década algumas personalidades entraram para a história como adeptos dos tênis, entre eles o roqueiro Kurt Cobain, do Nirvana (foto abaixo), e os integrantes do Ramones, que acabaram arregimentando usuários entre os fãs de suas bandas. Em 2001, a Converse sofreu com altas dívidas e seus títulos chegaram a valer menos de US$ 1 na Bolsa de Valores. Tal queda lhe valeu lugar no capítulo 11 da lei americana de empresas em falência. Foi neste momento que a CONVERSE foi assumida pelo fundo americano de Footwear Acquisition por €125 milhões. A produção começou a ser realizada na Ásia, e as filiais estrangeiras foram fechadas e convertidas em distribuidores e passaram a ter contratos de licenciados.

Kurt Cobain

A empresa foi comprada pela Nike em 2003 por US$ 305 milhões, quando ainda enfrentava enormes dificuldades financeiras, basicamente pelo valor da marca ALL STAR. Para a Nike, a compra da empresa iria ajudar a ocupar um espaço que a marca ainda não conseguiu tomar: tênis de preço mais baixo. Nos anos seguintes, aos poucos a marca ALL STAR foi reconquistando ex-clientes e outras várias gerações. Outro fator importante para a marca voltar a ganhar força no mercado foi a distribuição. Rede seletiva para distribuir o produto, valor agregada à marca e a comunicação, além de trabalhar com formadores de opinião. Rapidamente o produto voltou a se tornar um básico, um ícone de juventude descolada e moderna. Hoje, com um nome que pesa mais de US$ 2 bilhões em vendas, a líder de calçados esportivos resgatou definitivamente a marca ALL STAR. Não apenas salvou a marca, como transformou o tênis de bico branco em líder entre os varejistas de muitos países. Em 2008 o tradicional tênis completou um século de existência. Embora a idade, a marca de tênis, uma verdadeira estrela no segmento, vestido jovens e velhos, homens e mulheres, crianças de todos os países, nunca foi tão popular e moderna, mesmo tendo que lutar hoje contra a falsificação. Assim assim, a cada ano, centenas de milhões de pares são vendidas no mundo, 30.000 por semana, segundo a marca. Mais do que uma moda, ALL STAR é uma epidemia.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

QUE SAUDADE DAS FITINHAS K7

O cassete ou compact cassete era um padrão de fita para gravação de áudio lançado oficialmente em 1963, invenção da empresa holandesa Philips.
O cassete era constituído basicamente por 2 carretéis, a fita magnética e todo o mecanismo de movimento da fita alojados em uma caixa plástica, isto facilitava o manuseio e a utilização permitindo que a fita fosse colocada ou retirada em qualquer ponto da reprodução ou gravação sem a necessidade de ser rebobinada como as fitas de rolo. Com um tamanho de 10cm x 7cm, a caixa plástica permitia uma enorme economia de espaço em relação às fitas tradicionais.


O audiocassete ou fita cassete foi uma revolução difundindo tremendamente a possibilidade de se gravar e se reproduzir som. No início, a pequena largura da fita e a velocidade reduzida (para permitir uma duração de pelo menos 30 minutos por lado) comprometiam a qualidade do som, mas recursos tecnológicos foram incorporados ao longo do tempo que tornaram a qualidade bastante razoável como: novas camadas magnéticas (Low Noise, Cromo, Ferro Puro e Metal), cabeças de gravação e reprodução de melhor qualidade nos aparelhos e filtros (dolby, dnr) para redução de ruídos.
Os primeiros gravadores com áudio cassete da Philips já eram portáteis, mas no final dos anos 70 com a invenção do walkman pela Sony, um reprodutor cassete super compacto de bolso com fones de ouvido, houve a explosão do som individual.



TROCANDO FITAS

Quem não viveu nas décadas de 70 e 80 não sabe o charme que há em trocar K7s?
É difícil de acreditar, mas duas décadas atrás não fácil como é hoje trocar ou mandar algumas músicas para alguém. Ninguém sabia para que raios servia uma coisa estranha chamada internet, e CD era um novo formato que ainda não estava muito difundido.
Estranho pensar que em vinte anos tanta coisa mudou. Hoje em dia, com as conexões de internet velozes e websites que fazem streaming de músicas, mandar uma música para alguém ficou muito fácil. Nem mais precisamos gravar CDs. Mas havia um certo charme em pegar uma fita K7 e fazer uma seleção para alguém.
Era uma coisa que levava tempo, não é tão automático quanto gravar um CD. Por isso também era um pouco mais romântico até. Se você é de outros tempos e sente falta desse tipo de coisa, um inusitado pen drive pode servir como excelente recordação.
À venda na FredFlare, o Mixtape USB esse aparelhinho tem o melhor do antigo e do novo: você pode gravar até 64 MB de arquivos (aproximadamente 40 minutos de música, o mesmo que as primeiras fitas comportavam) e escrever na caixa em forma de K7 quais músicas estão lá, como fazíamos tempos atrás.

BONECO FALCON



Lançado no Brasil pela Manufatura de Brinquedos Estrela em 1977, a coleção Falcon figura como um dos maiores sucessos na história da companhia. Apenas no seu ano de lançamento, o boneco atingiu a marca de mais de 1 milhão de unidades vendidas nas suas mais diversas versões.
Por ter sido o grande precursor da categoria de figuras de ação no mercado de brinquedos, Falcon rompeu a barreira do preconceito que determinava que "brincar de boneco e boneca é coisa de menina".
Para isso, segundo a assessoria do fabricante, foi necessária uma ampla pesquisa quando do seu lançamento, que determinou a imagem de um brinquedo desta categoria que poderia ser aceito pelos meninos, sem qualquer discriminação. A resposta foi imediata: o boneco deveria ser forte e possuir cicatrizes que revelassem seu espírito de aventura e sua masculinidade.

FALCON 1978 ATÉ 80 - Esses foram os primeiros bonecos lançados pela Estrela em 1978. Apesar do enfoque do personagem aventureiro, ainda dava pra sentir a influência militar dos primeiros GIJoes lançados durante a guerra do Vietnã nos EUA. No início, só haviam dois modelos disponíveis: moreno com barba (Ação Camuflada) e moreno sem barba (Contra Ataque). Mas com o sucesso instantâneo, rapidamente foram introduzidos outros modelos. Os temas das aventuras eram diversos, mas ao invés do Falcon ser um soldado e necessáriamente ter que lutar com um oponente, agora ele lutava contra a natureza. Enfrentava tubarões, aranhas gigantes, polvos e gorilas ferozes em suas explorações. Mas não ficava só nisso não, Falcon era também um agente secreto, desafiava a morte com os cunjuntos Salto Fántástico ou Avanço em Alta Voltagem. Inicialmente, os pais estavam preocupados, pois afinal seus filhos estavam brincado de "boneca", mas passado o susto, viram que o Falcon não tinha nada de feminino. Com suas facas, armas e cicatriz no rosto barbudo, é até hoje o mais machão dos brinquedos.
Na segunda série, foi introduzido o mecanismo olhos-de-águia, que possibilitava ao boneco, mover os olhos pra os dois lados. Na época, foi o maior fenômeno do mercado de brinquedos. Não existe uma pessoa de 30 anos que não tenha desejado um desses. E digo pessoa, porque até as mulheres lembram das suas brincadeiras com o Falcon e a Susi. Nesses dois anos de vida, a influência militar foi completamente apagada de nosso herói e sua condição de aventureiro aceita pelo público. Foi nessa fase que começaram a surgir equipamentos com um apelo mais futurista. O design era inovador pra época, e as máquinas totalmente impossíveis. Reparem nessa "cadeira" do conjunto Reconhecimento Aéreo, não há espaço para o motor ou tanque de combustível, mesmo assim o "bicho" voa. A hélice deve girar por mágica ou força do pensamento.

FALCON 80 - Início da série futurista - Sem dúvida alguma, a série mais interessante e controversa do Falcon. Amada e odiada pelos colecionadores, a fase futurista foi a de maior duração e produziu personagens únicos em todo o mundo. Como ocorreu com todos os fabricantes de GIJoe e Action man ao redor do planeta, os conceitos "super herói" e "corrida espacial" foram introduzidos na linha Falcon. Os padrões das aventuras e vestimentas são semelhantes aos dos uniformes de personagens como Super-Homem, Batman, Buck Rogers, Flash Gordon, Darth Vader, Sr. Spock e outras figuras populares da década de 80. Reparem na combinação "colante e botas coloridas" com "cueca por cima da calça". O mais legal dessa série são os personagens extras. Inicialmente surgiu o vilão Torak, com seu terrível raio laser no peito. Para ajudar Falcon a combater Torak, é a vez de Condor, o amigo cybernético do Falcon, aparecer pra lutar.

FALCON 82 ATÉ 84 - continuação da série futurista - O sucesso foi estrondoso, a Estrela havia acertado em cheio. A satisfação do público foi tão grande que rapidamente surgiram mais bonecos futuristas. O primeiro deles foi Falcon & Roboy. Em seguida seriam feitos Laserman, Triton, e mais dois Falcons futuristas, um deles com uma arma que acendia de verdade. Infelizmente eles nunca foram lançados, pois a coleção acabou em 1984. Não se sabe exatamente o motivo do fim, especula-se que as vendas haviam caido muito. Afinal quando foi lançado em 1978, Falcon estava praticamente sozinho nas prateleiras, já em 1984 haviam muitas outras coleções: Guerra nas Estrelas, Comandos em Ação, Super Powers, Guerras Secretas e He-Man só pra citar algumas. Era muita gente para dividir um bolo que não crescia tão rápido quanto a oferta de produtos no mercado. Mesmo assim, foi sem dúvida a série mais orginal e criativa do Brasil em termos de bonecos articulados, a série Futurista em especial, tinha um design super moderno. É verdade, algumas roupas e acessórios foram copiadas dos Space Rangers, Super Joe e Big Jim, mas só o Brasil teve Condor,Torak e Roboy. Um feito, que ainda hoje seria admirável, pois atualmente, as mesmas empresas limitam-se apenas a importar personagens americanos produzidos na China.

Clássicos Falcon (de 94 ATÉ 96) - Aos 10 anos de sua apodentadoria, em 1994, o Falcon foi relançado. A coleção chamava-se Clássicos Falcon, mas não tinha muito a ver com os bonecos "clássicos" de 1984. As roupas, inspiradas na série GIJoe Hall of Fame, não eram muito legais. Torak, que antes tinha uma garra no lugar da mão esquerda e um mortífero raio no peito, agora possuia apenas um uniforme de gala idêntico ao do Destro da coleção HOF. O Falcon, não tinha mais cabelo, nem olhos-de-águia,mas ao menos estava de volta. Ainda lançaram mais dois bonecos diferentes, um jipe bége e um tanque de guerra. Infelizmente a coleção não agradou e foi retirada da linha de produção em 1996.

A tentativa mais recente se deu em 1999, quando a Estrela, a pedido das lojas Americanas, relançou o Falcon com um novo nome: Força de Ataque. Novamente, os bonecos não tinham um apelo muito forte. Em comparação com Max Steel, atual campeão de vendas do segmento, as desvantagens eram muitas. Não haviam veículos ou acessórios para a coleção Força de Ataque, tão pouco foram criados mais personagens, e novamente a coleção foi cancelada. Especula-se que a Estrela esteja tentando lançar o Falcon novamente, ou pelos menos, um boneco de 12 polegadas para recuperar um pouco do espaço que Max Steel tomou conta. Quem sabe?

sábado, 21 de agosto de 2010

DE VOLTA AOS ANOS 80


A década de 1980, ou simplesmente anos 80, foi o período de tempo entre os anos 1980 e 1989. Foi um período bastante marcante para a história do século XX segundo o ponto de vista dos acontecimentos políticos e sociais: é eventualmente considerada como o fim da idade industrial e início da idade da informação, sendo chamada por muitos como a década perdida para a América Latina.

POLÍTICA

Promulgação da Constituição de 1988, o atentado do Riocentro (1981) e a morte de Tancredo Neves (1985), a criação da nova Constituição Brasileira em 1988, ensejaram mudanças radicais nos rumos políticos do país; no mundo, o atentado contra o Papa João Paulo II e eleição de Ronald Reagan nos Estados Unidos da América e de Margaret Thatcher no Reino Unido marcariam toda a década de 80 e traçaram a política neoliberal que hoje é apanágio da maioria dos países capitalistas .

MÚSICA


No rock, o punk se renova, mais acelerado e intenso (como no hardcore).
Já o hard rock também recebe novas influências, com batidas mais fortes e sons de guitarras mais pesados, o que trouxe ao público um dos gêneros musicais mais populares da década: o heavy metal, que, na sequencia, também gerou inúmeras vertentes ainda mais rápidas e pesadas, como o thrash metal, speed metal e o black metal. Alguns exemplos que se consagram na década neste gênero do rock foram as bandas Iron Maiden, Helloween e Manowar, na versão clássica do heavy metal; e os grupos Metallica, Slayer, Megadeth e Anthrax, no thrash metal. Conservando as raízes do hard rock, também merecem destaque os longos períodos de sucesso que tiveram as bandas Van Halen, AC/DC, Whitesnake e Scorpions no decorrer dos anos 80.
Outras inúmeras bandas de rock e pop surgiram nos anos 80: Dire Straits, A-ha, Supertramp, U2, The Smiths, Duran Duran. Algumas, surgidas em meados dos anos 70, só se consolidaram na década de 80; no Brasil, RPM, Ultraje a Rigor, Titãs, Legião Urbana, 14 bis, Barão Vermelho, Kid Abelha, Ira! entre outras.
Os anos 80 são conhecidos também como a década da música eletrônica. Nesta época, o New Wave e o Synthpop se tornam os gêneros musicais mais vendáveis e populares, assim como toda a estrutura da Dance Music. Surge a MTV e o hip hop; advento da música eletrônica nas pistas de dança e as primeiras raves. No underground é criado o rótulo "música industrial" para bandas eletrônicas mais experimentais e obscuras, além de diversas bandas de rock de garagem que dariam origem ao grunge na década de 1990. Foi nos anos 80 que surgiu a vertente da música que mais originou variantes, a House music. Inspirada em experimentações sobre batidos dos anos 70, principalmente a disco music, teve como principais representante: Bomb the bass, S'express, gino latino, coldcut, entre outros. Em 83 surgiu no underground a sub-cultura gótica (Ver artigo: Gótico (estilo de vida)) na Inglaterra, denominada incialmente como "Dark" no Brasil sendo esta derivada do gênero Pós-punk.
No Brasil foi lançado o primeiro Rock in Rio (1985). É inaugurado o Sambódromo na cidade do Rio de Janeiro em 1984. Consolidavam-se o estilo musical da MPB, ou música popular brasileira (surgido na segunda metade da década de 60), e as bandas de música pop e de rock and roll, como Legião Urbana, Ultraje a Rigor, Engenheiros do Hawaii, Titãs, RPM, Lobão, Zéro, Paralamas do Sucesso, João Penca e seu Miquinhos Amestrados, Dr.Silvana e Cia, Heróis da Resistência, Metrô, Radio Taxi, Ego Trip, Afrodite se Quizer, Tóquio, Claudio Zoli, (com a banda Brylho e Solo). A MPB consagrou a posição de destaque das vozes femininas na música brasileira, entre os fenômenos individuais destacam-se Elba Ramalho, Simone, Marina Lima, Maria Bethânia, Zizi Possi, Fafá de Belém, Elis Regina, Gal Costa, Rita Lee, Rosana e Joanna. Dentre as vozes masculinas, Caetano Veloso, Chico Buarque, Milton Nascimento, Tom Jobim, Guilherme Arantes, Flávio Venturini, Djavan, Dalto, Marcos Valle, Ivan Lins, Ritchie e Gilberto Gil.
Dentre os artistas internacionais mais carismáticos, destacam-se Michael Jackson, com o álbum Thriller, o mais vendido da história, e que também inventou o videoclipe moderno; a contraparte feminina, Madonna e Cyndi Lauper, um dos principais ícones fashion de todos os tempos; Tina Turner voltou ao mundo da música lançando um novo álbum, Private Dancer, mega sucesso, além de apresentações eletrizantes ao redor do mundo. Outros cantores que se destacam nessa década são Kylie Minogue, Janet Jackson, George Michael, Boy George, Lionel Richie, David Bowie, Whitney Houston, Paula Abdul, Prince, Billy Idol, Bruce Springsteen, Laura Branigan, George Benson, Diana Ross, Al Jarreau, Ric Astley, Glen Medeiros, Anita Baker, Dionne Warwick entre outros.

A NEW WAVE


A New Wave foi um movimento musical que marcou principalmente os anos 80. Ela se referia a uma série de estilos musicais então emergentes – daí a confusão que até hoje muitos fazem, englobando tanto uma onda mais alegre, divertida e colorida, quanto um som mais triste, plangente, sombrio e meditativo, neste mesmo balaio.
Normalmente esta expressão está conectada às origens da música pop norte-americana, inglesa, canadense e australiana, em fins da década de 70 e princípio da de 80. Esta expansão foi desencadeada pelo boom do punk rock nova-iorquino, especialmente em torno do clube conhecido como CBGB – Country, Bluegrass, and Blues and Other Music For Uplifting Gormandizers -, situado em Manhattan.
Em relação ao punk, porém, a New Wave era considerada um estilo mais singelo e inocente, embora preservasse a falta de reverência de seu antecessor. A Nova Onda, tradução literal deste movimento, se caracterizava principalmente por abranger inúmeras expressões musicais, desde um som mais roqueiro, como os de Nick Lowe e do grupo XTC, até uma sonoridade mais eletrônica, como a de Gary Numan.
Pode-se pensar também no ritmo importado do Caribe, que marca a produção de Kid Creole and the Coconuts, ou na opção psicodélica de Television e do B-52’s, e ainda na fusão com o funk que definiu a obra do Talking Heads. Há especialistas que unem a sonoridade de Michael Jackson, Madonna, Cindy Lauper, Björk, Mick Jagger e Boy George para estabelecer uma visão mais precisa da New Wave, que também é compreendida como uma vertente do célebre Rock and Roll.
A New Wave surge quando o som das discotecas, predominante nos anos 70, dá sinais de esgotamento, ao mesmo tempo em que o punk aponta para sua decadência. Este novo movimento dá uma injeção de energia no estilo roqueiro. Além de agitar o cenário musical, esta nova onda também revitaliza a cena estética. O universo fashion é invadido pelo excesso de ombreiras, de tonalidades verde limão impressas em muita popeline; os cabelos são mergulhados em glitter gel. A alegria é a marca maior deste mix musical e estético.
Muitos críticos musicais consideram um certo parentesco entre a vertente mais divertida e alto astral da New Wave e a sonoridade mais melancólica de grupos como The Cure, Smiths, Duran Duran e Devo, mas somente na caracterização visual, e por pertencerem a um mesmo período. Estas bandas, porém, estariam mais próximas de um movimento pós-punk, do qual a nova onda difere em vários aspectos, até mesmo por ter nascido um pouco antes desta ramificação do Rock and Roll.
No Brasil este movimento musical contribuiu para o fortalecimento do rock brasileiro, que não seria o que ele é hoje sem esta explosão dos anos 80 no cenário mundial. A emergência da New Wave ocorreu praticamente ao mesmo tempo em que o rock nacional nascia e dava seus primeiros passos. Houve neste país uma mistura de movimento punk, mobilização pelas Diretas Já, processo de redemocratização, fim da Ditadura Militar e a emergência de novos parâmetros culturais. Este mix fez o cenário musical brasileiro fervilhar, com a presença de bandas como Titãs, Ira!, Ultraje a Rigor, Kid Abelha e os Abóboras Selvagens, Paralamas do Sucesso, entre outras.
O uso desmedido de sintezadores e teclados já preparava o terreno para a emergência de novos estilos, como o new romantic, o britpop, a eurodance e o dance. Não demorou muito para que a New Wave cedesse espaço para uma nova invasão musical britânica, inspirada no movimento punk e na própria New Wave.

DESENHOS


Naquela época, os desenhos animados eram divertidos e prazerosos de assistir, não só pelos roteiros bem elaborados, mas sim pela inoscência de alguns personagens como Os Smurfs. Os vilões, muitas vezes eram  mais adorados do que os próprios heróis pelos fãs dos desenhos, os vilões realmente acabam roubando a cena em alguns momentos. O Esqueleto do desenho He-man por exemplo é o personagem mais querido pelos adoradores do desenho do que o próprio herói que tem a força!

 

FILMES

Quem está na casa dos vinte e "muitos" anos, com certeza, se lembra dos filmes adolescentes que foram uma verdadeira febre nos anos 80. Com enredo mais fraco do que peça de primário, figurino new wave brecholento (lembram da calça "baggy"?... eca!), e trilhas sonoras "glam" (que hoje são verdadeiros clássicos), estes filmes foram responsáveis pelo lançamento de diversos astros.
Matt Dillon, Ralph Macchio (lembra do Daniel-San de Karate Kid?), Patrick Swayze, Rob Lowe, Emilio Estevez e Tom Cruise foram lançados ao estrelato pelo filme Vidas sem rumo (The Outsiders, 1983) de Francis Ford Coppola. Tom Cruise, no mesmo ano ficou ainda mais famosos por Negócio Arriscado (Risky Bussiness), em que ele interpretou um garoto que promove a maior festa de sua vida com a ajuda de prostitutas. É desse filme a cena de Cruise dançando na sala vestido apenas de meias, cuecas e óculos escuros.
Alguns, não tiveram sorte com o sucesso. É o caso do ator Anthony Michael Hall, o carinha dos filmes Gatinhas e gatões (Sixteen Candles), Clube dos 5 (The Breakfast Club) e Mulher Nota 1000 (Weird Science), todos dirigidos por John Hughes em 1985.
Desiludido com Hollywood (que descartou o coitado tão logo ele engrossou a voz, livrou-se das espinhas e do aparelho horroroso), Anthony Michael Hall se envolveu com drogas. Aos vinte anos, com uma carreira que parecia promissora - segundo o falecido diretor Stanley Kubrick, era o jovem ator que tinha mais chance de se dar bem naquela época -, o garoto desandou completamente. Hoje, livre do vício, ele corre atrás do prejuízo e de bicos no cinema. Seu último papel notório foi o de namorado da atriz Wynona Rider em Edward Mãos-de-Tesoura.
Os filmes de adolescente eram o máximo. Lançavam tendências musicais, moda e por incrível que pareça, lotavam salas de cinema.
O sexo (claro) era o tema central. É o caso da série Porkys (lembra do Pee-Wee, traduzido aqui por 'Pequeno'?), Picardias Estudantis, O último americano virgem, A primeira noite de Jonathan e por aí vai...
A fórmula para se fazer um filme para adolescentes era a seguinte: Rapaziada sem nada pra fazer + férias ou festinhas de colégio + cabeças cheias de más intenções = Filmeco "teenxploitation".
Seguindo essa fórmula básica, os estúdios lucravam muito e gastavam bem pouco, já que ao atores eram desconhecidos e a produção, precária. Um dos maiores clássicos do gênero, e seu precursor, foi o excelente Clube dos Cafajestes (National Lampoon´s Animal House, 1978). Além de a estréia de Kevin Bacon (Homem sem sombra) e Karen Allen (Mar em Fúria), o filme tinha como um dos melhores personagens John 'Bluto' Blutarsky, interpretado pelo comediante do Saturday Night Live: John Belushi (que dois anos depois seria Jake Blues em Os Irmãos Cara-de-Pau). Pra variar, muito sexo, menores bebendo, festa da toga (Toga, toga, toga!!!)...
Mas nem só de sexo vive o adolescente, certo? (ah é? Do quê mais, então?) Havia também os filmes mais "cabecinhas" que tratavam de relacionamento com os pais, drogas, e a descoberta do amor.
São exemplos deles: A lenda de Billie Jean, Ruas de fogo, Tuff Turf, o rebelde (esse é CLÁÁSSICO), Namorada de aluguel (quem não se lembra da 'dança do ritual do acasalamento do tamanduá africano'?), Sobre ontem à noite, e A garota de rosa shocking.
Esse último, produzido por John Hughes (o maior especialista no assunto), merece um parágrafo... eu me lembro que causou o maior rebuliço. Em primeiro lugar, tinha como trilha sonora In between days - clássico da banda britânica The Cure. Em segundo, a protagonista, (a ruivinha Molly Ringwald, que virou uma espécie de ícone dos "teen movies" na época) era uma garota mais responsável que os próprios pais e tinha que se virar para viver. Muito legal. Sem contar, os modelitos que ela inventava... costurava saia de tule em corpete de couro, jaqueta jeans cheia de fragmentos de espelhos... cabelo arrepiado... uma loucura, que só os anos 80 permitiam...
Também vale a pena lembrar de O primeiro ano do resto de nossas vidas (St. Elmo´s Fire, 1985) e Curtindo a vida adoidado (Ferris Buellers Day Off, 1986). O primeiro, dirigido por Joel Schumacher (8mm), tinha Emílio Estevez, Rob Lowe e Judd Nelson no elenco e lançou Demi Moore e Andie MacDowell ao estrelato. Já o segundo, obrigatório para qualquer cinéfilo de 'vinte e poucos anos', tinha no elenco Matthew Brodderick e Alan Ruck (o Stuart do seriado Spin City).
Curtindo a vida adoidado era a história de Ferris Bueller, o adolescente que todo adolescente gostaria de ser na época. Esperto e cheio de manhas para enganar os pais e professores, Bueller resolve tirar um dia inteiro de folga e simplesmente aproveitar a vida com o melhor amigo e a namorada. Memorável! (tiquiticáaaa...)
Depois de tantas lembranças, não se sinta culpado de ir até a locadora e alugar Férias do Barulho (Private Resort, 1985) pra ver a cara de menino do Johnny Depp nos anos 80, ou querer baixar o MP3 de Tonight is what it means to be young, trilha sonora do Ruas de Fogo...

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

JOY DIVISION

UMA DAS REVOLUÇÕES  DO PÓS PUNK


A Joy Division foi uma banda pós-punk formada no ano de 1976, em Manchester, Inglaterra. A banda acabou em 18 de Maio de 1980 após o suicídio do vocalista e guitarrista, Ian Curtis. A banda também tinha como integrantes Bernard Sumner (guitarrista e tecladista, à época chamado Bernard Albrecht), Peter Hook (baixista e vocalista) e Stephen Morris (percursionista e baterista). Após o termino da banda, os três integrantes remanescentes formaram o New Order.
Com uma forte influência na cultura punk de 1977 misturado com conceitos artísticos, Joy Divison foi uma banda que misturava o rock underground com algumas nuances de experimentalismo e inovações eletrônicas, inspirado por bandas como o Kraftwerk.
Seu som tinha influências de Velvet Underground, David Bowie, Sex Pistols, Iggy Pop e The Doors. Era caracterizado por densas melodias, bastante marcadas pela bateria quase "militar" de Stephen Morris, e uma tendência para a depressão e a claustrofobia. As letras obscuras e extremamente poéticas de Ian Curtis se tornaram uma característica marcante do grupo, assim como seu vocal em barítono.



HISTÓRIA

Tudo começou quando Ian Curtis conheceu os restantes membros da banda num concerto do Sex Pistols a 4 de Junho de 1976.
O primeiro nome da banda era Warsaw, inspirado numa música de David Bowie "Warszawa" (do álbum Low). A banda Warsaw teve o seu primeiro concerto a 29 de Maio de 1977 como banda suporte de Buzzcocks e Penetration no Electric Circus.
Já existindo uma banda chamada Warsaw Pakt, decidiram mudar o nome da banda para Joy Division nos finais de 1977. "Joy Division" era o nome de uma casa de prostituição de uma série chamada The House Of Dolls (1965). Esse nome teve origem nos campos de concentração nazistas, e serviam justamente para designar a área reservada às prostitutas.
O seu primeiro trabalho de estúdio, já com o nome Joy Division escolhido como o definitivo foi o EP An Ideal For Living (1978), que ainda tinha forte influência do movimento punk. Após entrarem para a editora independente Factory, foi contratado o produtor Martin "Zero" Hannett, que conduziu a gravação do seus dois álbuns de estúdio e influenciou a sonoridade da banda ao introduzir efeitos electrónicos nas músicas. Em princípio, o resultado desagradou Bernard e Peter, que preferiam um estilo mais punk; mas teve o respaldo de Curtis. As invenções de Hannett deram certo, e logo toda a banda passou a flertar com a sonoridade electrónica. Em consequência, os Joy Division são tidos até hoje como referência pioneira ao som new wave da primeira metade dos anos 80.
Após as músicas Digital e Glass terem sido lançadas numa colectânea da editora da banda, veio o primeiro álbum da banda, Unknown Pleasures (1979). O disco causou grande alvoroço entre o público e a crítica, devido à sua sonoridade soturna e às letras intimistas. Destaque para as faixas She's Lost Control, Shadowplay, Disorder e New Dawn Fades. Ainda em 1979, eles lançaram seu o primeiro single, Transmission, relativamente famoso em razão da performance que a banda fez em um programa de TV da BBC2.
No ano seguinte, o quadro clínico de Ian piorou, com o agravamento de sua epilepsia e dos problemas conjugais. Ainda assim, Joy Division pôde gravar, em Março, o álbum Closer. No final de Abril, foi lançado o flexi disc de Komakino / Incubation e também o compacto 7" de Love Will Tear Us Apart, que viria a ser a música mais conhecida do conjunto, permanecendo ainda hoje com o fulgor e a excitação que provocou outrora.
Ian Curtis cometeu suicídio em 18 de maio de 1980, um dia antes da viagem do Joy Division para os Estados Unidos, onde fariam sua primeira turnê internacional. Devido a problemas na tiragem, Closer tornou-se um álbum póstumo, só sendo lançado em julho. Neste LP, eles se superaram, com composições que viriam a influenciar todo o post-punk na década de 80. Os temas mais elogiados foram Isolation, Passover, Heart And Soul e Twenty Four Hours. Aliás, o disco conseguiu chegar ao 6º lugar dos tops ingleses e liderou as paradas alternativas.
Em setembro de 1980, a começar pelos single Atmosphere / She's Lost Control (sendo esta refeita, com uma levada mais dançante), vieram os lançamentos póstumos. No ano seguinte, veio o duplo Still, com várias sobras de estúdio e o registro do último concerto do Joy Division. Substance (1988) é uma coletânea de singles e lados B. Permanent, editado sete anos depois, compilou 15 clássicos, mais uma regravação de Love Will Tear Us Apart. Heart And Soul é uma caixa com 4 CD's, que reúnem praticamente tudo que eles gravaram.
Os outros membros da banda formaram os New Order alguns meses depois do suicídio do vocalista Ian Curtis.
A influência do quarteto no rock mundial permanece, como provam bandas como Editors, Plus Ultra, Interpol e Franz Ferdinand, She Wants Revenge, The Killers (que inclusive têm Shadowplay como faixa do album Sawdust), além de serem grandes ídolos de outros artistas, como Trent Reznor, o homem Nine Inch Nails, Thom Yorke do Radiohead, Billy Corgan dos Smashing Pumpkins e no Brasil o Renato Russo do Legião Urbana.

DISCOGRAFIA
1979 - Unknown Pleasures
1980 - Closer
1981 - Still
1988 - Substance
1990 - Peel Sessions